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Precisamos combater as práticas antissindicais

As práticas antissindicais no Brasil estão presentes na iniciativa privada assim como no serviço público. A diferença principal está no que elas representam efetivamente para as entidades sindicais assim como para os trabalhadores celetistas e servidores públicos.

Na iniciativa privada, constatamos um distanciamento dos trabalhadores das entidades sindicais, o que por sua vez pode enfraquecer a atuação da entidade enquanto representante legítima dos trabalhadores. Isso se dá por conta do medo que o trabalhador tem de perder o emprego que sustenta a família. Já no serviço público, a retaliação principal ocorre no veto a possível ascensão na carreira e em perseguições diversas a que está sujeito o servidor que tem atuação classista. Demissões podem ocorrer, porém, por haver uma legislação protetiva, essa situação extremada ocorre com menor intensidade.

Como existe uma dificuldade de identificação das práticas antissindicais no País, mesmo com a adoção pelo Brasil da Convenção 98 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que trata da liberdade sindical, o País ainda carece de uma legislação que garanta ao julgador uma norma basilar para o delito.

De todo modo, práticas inibidoras de atuação sindical estão presentes na nossa sociedade. Desde a não contratação do cidadão trabalhador, que pressupõe sua participação em atividade classista a sua exclusão de possíveis ascensões na vida laboral. O que impera é a dispensa automática do empregado ou até mesmo a inclusão de seu nome em listas para evitar contratações futuras, em razão de filiação ou participação em atividades de um sindicato.

Não é raro nos depararmos com a transferência de empregado para um local de trabalho distante da sede do sindicato ou mesmo a suspensão do empregado, como forma de punição pela filiação ou atuação sindical. Já entre as práticas mais comuns, percebemos a distribuição de tarefas descaracterizadas da função desempenhada pelo trabalhador, a protelação de promoção e, por conseguinte, a demora na concessão de aumento de remuneração para o empregado que desempenha atividade sindical.

Para os servidores públicos, o retorno às atividades laborais é seguido de uma negativa de reincorporação ao mesmo posto após o gozo de uma licença para cumprimento de mandato classista. Sua reincorporação é em regra, sempre em níveis hierárquicos inferiores ao da saída. Para evitar essas manobras, que são além de um desrespeito ao artigo 5° da Constituição Federal, que trata dos direitos e liberdades fundamentais, precisamos criar uma legislação que possa punir tais práticas.

Para tanto, o senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) apresentou proposta para regulamentar as práticas antissindicais no País. O projeto altera o Código Penal para tipificar o crime de práticas antissindicais. Trata-se do Projeto de Lei do Senado nº 36/2009. O projeto pretende punir também, não só o impedimento do trabalhador de participar ou deixar de participar de sindicato ou associação profissional, mas também aquele que impede o trabalhador de exercer os direitos inerentes à condição de sindicalizado. O projeto prevê pena de detenção de seis meses a dois anos e multa para essas nefastas condutas.

É com urgência que o movimento sindical de trabalhadores deve, além de apoiar essa proposta, atuar pela sua aprovação no Congresso Nacional e sua respectiva sanção pela Presidência da República. É urgente que seja retomado o respeito à atuação do dirigente sindical e das mais de dez mil entidades sindicais existentes no Brasil, que representam a massa da classe trabalhadora.

Liberdade, liberdade abra as asas sobre nós!

*Lourival Figueiredo Melo é diretor Secretário Geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio (CNTC) e diretor presidente da Federação dos Empregados de Agentes Autônomos do Comércio do Estado de São Paulo (FEAAC)

 

UGT participa de Seminário sobre sustentabilidade e futuro do trabalho

Ricardo Patah, presidente nacional da União Geral dos Trabalhadores (UGT) e do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, participou, como único sindicalista brasileiro presente, do Seminário Mundial de Sustentabilidade, Desenvolvimento e Futuro do Trabalho, que aconteceu nesta terça-feira (03), na Universidade de Notre Dame, em Roma, na Itália. No evento, que conta com representantes de 12 países e a alta cúpula da Igreja Católica, o líder ugetista falou sobre as ações desenvolvidas pela central brasileira.

Patah defendeu que lutar pela ampliação dos direitos trabalhistas é empunhar a bandeira dos direitos humanos por educação, saúde e moradia de qualidade, o que contribui diretamente para a melhor distribuição de renda, aumento do poder de compra da população e, consequentemente, fortalecimento da economia dos países.

“Temos que defender os interesses dos trabalhadores por meio do conceito de trabalho decente e pela melhoria, principalmente, do salário mínimo, que só no Brasil, por exemplo, é pago a mais de 35% dos trabalhadores e que, nos últimos oito anos foi reajustado em mais de 200%”, esclareceu Ricardo Patah, que concluiu dizendo que o fato de estar num evento daquela importância e representando o Brasil, lhe permite trocar experiência com pessoas do mundo todo, levando para eles um pouco das ações realizadas por um sindicalismo cidadão, ético e inovador.

     
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