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RAPIDINHAS 

O presidente da FECOMBASE, Marcio Fatel este em Brasília fechando parcerias com instituições em qualificação e formação profissional.


 

RAPIDINHAS

O diretor do Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Teixeira de Freitas, José Carlos Cabral de Carvalho, representou a UGT Bahia e a CIST na abertura do Encontro Macrorregional de Vigilância em Saúde do Trabalhador na cidade de Teixeira de Freitas. Esteve presente ao lado do companheiro a Dra. Letícia da DIVASTI.



 

RAPIDINHAS

Foi realizada na última semana a Conferência Municipal do PC do B de Jacobina, onde foi eleita a nova diretoria para mais dois anos de mandato. Estiveram presentes na conferência o deputado Daniel Almeida e a presidente do SEC Jacobina, Onília de Souza Lopes.



 

28% dos que saem do desemprego conseguem vagas com carteira assinada, aponta Ipea



Do total de trabalhadores que estavam desempregados e conseguiram uma nova colocação no mercado no 2º trimestre, apenas 28% foram contratados para uma vaga com carteira assinada, segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira (14) pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), a partir de microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua do IBGE.

O emprego sem carteira respondeu por 43% das absorções. Outros 28% se tornaram trabalhadores por conta própria e 1% viraram empregadores.

Segundo o estudo, de um total de 1,3 milhão de trabalhadores que foram incorporados à população ocupada no 2º trimestre, 1 milhão foram absorvidos pelo mercado informal.

A pesquisa confirma tendência já apontada pelo IBGE de que é o aumento do trabalho informal que tem está fazendo a taxa de desemprego cair no país. Em julho, o desemprego caiu para 12,8% e atingiu 13,3 milhões.

O Ipea destaca, entretanto, que o mercado formal continua sendo o principal empregador do país, com um total de 44 milhões de trabalhadores com carteira assinada, o que corresponde a 49% de toda a população ocupada.

“Observa-se que ao longo dos últimos anos, vem crescendo o número de trabalhadores por conta própria enquanto o contingente de empregados no mercado formal mantém-se estável”, destaca o estudo.

A participação dos trabalhadores por conta própria na população ocupada avançou de 22% em 2012 para 25%. Já a dos sem carteira recuou no período de 23% para 21%.

Mais: Crise faz empreendedorismo por necessidade voltar a crescer no Brasil

Desemprego atinge os mais jovens

No 2º trimestre, o país tinha aproximadamente 13,5 milhões de desocupados, dentre os quais 65% com idade inferior a 40 anos. Dos desempregados com 18 a 24 anos, apenas 25% obtiveram nova colocação.

Entre 2012 e 2017, o percentual de trabalhadores com 18 a 24 anos que foram dispensados cresceu de 5,3% para 7,3%.

Além de receberem as menores remunerações, os mais jovens apresentam queda de salário (0,5%) na comparação com o mesmo período de 2016.

Perspectivas

De acordo com o Ipea, os números da Pnad apontam para uma recuperação do mercado de trabalho. No 2º trimestre, 31,7% dos trabalhadores que estavam desocupados no trimestre anterior, conseguiram retornar ao mercado de trabalho, ante 28,8% no mesmo trimestre do ano anterior. Já o percentual de pessoas ocupadas que perderam seus postos de trabalho recuou de 3,6% no segundo trimestre de 2016 para 3,4% nesse mesmo período de 2017.

“Para os próximos meses, a expectativa é de que, com a gradual retomada do crescimento da economia, a taxa de desemprego deve manter uma trajetória de redução também gradual. No entanto, a queda do desalento pode exercer pressões adicionais sobre a PEA (população economicamente ativa), impedindo um recuo da taxa de desemprego mesmo em um cenário de expansão da ocupação”, afirma a Carta de Conjuntura do Ipea.

Contribuição ao INSS

A pesquisa aponta ainda que cresceu o percentual de trabalhadores que passaram a recolher suas contribuições ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) independente do tipo de vínculo.

No 2º trimestre, 20% dos trabalhadores sem carteira contribuíam para a Previdência, ante uma fatia de 15% em 2012. No caso dos trabalhadores por conta própria e dos empregadores, o percentual passou de 23% para 31%. Já entre os empregadores, a fatia subiu de 66% para 76%.

Fonte: G1

 

85% dos pequenos negócios vão manter contratações, diz pesquisa do Sebrae



A expectativa de aumentar, ou pelo menos manter, o quadro atual de funcionários está crescendo entre os donos de micro e pequenas empresas. Pesquisa trimestral mostra que, nos próximos 12 meses, 25% vão contratar novos empregados e 60% não devem alterar a quantidade de funcionários, contra 15% que pretendem demitir.

A mesma sondagem mostra que 66% dos empresários acreditam que a economia vai melhorar ou permanecer como está nos próximos 12 meses.

O resultado é melhor do que o da última edição da pesquisa, realizada em junho, quando 82% afirmaram que não pretendiam reduzir a quantidade de empregados.

De acordo com o levantamento do Sebrae, o aumento do percentual de expectativa de contratação de pessoal ocorreu em todos os setores da economia, com destaque para o da construção civil.

O estudo também constatou um incremento do otimismo do empresariado, acompanhado da crença de crescimento do faturamento para os próximos 12 meses. Cerca de quatro em cada dez empresários acreditam que o faturamento da empresa irá melhorar, contra 23% que preveem uma piora. Comparado ao resultado da pesquisa anterior, houve aumento do percentual de entrevistados que acreditam em aumento da receita, frente à redução dos pessimistas.

Ainda de acordo com a pesquisa, 36% dos empresários apostam que a economia vai melhorar nos próximos 12 meses, 30% avaliam que vai permanecer como está e 32,4%, que vai piorar. Além disso, a maior parte dos entrevistados se mostra otimista com o futuro da sua empresa: 46,4% enxergam perspectivas de melhoria para o próprio negócio.

Para a realização da Sondagem Conjuntural dos Pequenos Negócios foram ouvidos 2.978 microempreendedores individuais (MEI) e donos de micro e pequenas empresas, optantes e não pelo Simples Nacional, das cinco regiões brasileiras.

Fonte: G1

 

Expectativa de contratação no Brasil é positiva para 4º tri de 2017, diz pesquisa

A expectativa de contratação de profissionais no quarto trimestre de 2017 no Brasil segue positiva, segundo pesquisa de emprego do ManpowerGroup. De outubro a dezembro de 2017, a intenção de recrutamento no país será de 1%, mesmo índice do trimestre anterior.

Segundo o levantamento, o resultado representa um crescimento de 8 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano anterior. No país, 12% dos empregadores esperam aumentar o quadro de profissionais nos próximos três meses e 69% não preveem mudança em sua força de trabalho atual.

“O resultado da pesquisa reflete uma estabilidade na situação de empregabilidade no Brasil e um notável crescimento quando comparado com o levantamento do ano passado. Estes são os melhores indicadores desde o segundo trimestre de 2015. A boa notícia foi o início da recuperação do setor de construção, que, apesar de ainda estar negativo, com -6%, foi o que mais se fortaleceu no trimestre com crescimento de 10 pontos percentuais”, analisa Nilson Pereira, CEO do ManpowerGroup no Brasil.

Foram entrevistados 850 empregadores no Brasil, além de 59.049 profissionais em 43 países.

Por setor

Seis de oito setores da indústria têm expectativa de crescimento na contratação no quatro trimestre de 2017. Comércio atacadista & varejista é a área mais otimista, com previsão de crescimento de 11%, indicador mais otimista dos últimos três anos.

Os empregadores do setor de transportes & serviços relataram os piores indicadores, com -7%. O resultado representa um aumento de dois pontos percentuais quando comparado com o trimestre anterior e crescimento de três pontos percentuais em comparação ao mesmo período do ano passado.

“A crise econômica fez com que a maioria das empresas repensasse suas estratégias de RH e já estamos percebendo sinais que os profissionais que estavam sem emprego estão retornando ao mercado de trabalho gradualmente. Além disso, os grandes volumes de contratação não ocorrerão em curto prazo, pois as empresas utilizarão inicialmente sua capacidade ociosa atual”, comenta Pereira.

Por região

Os empregadores da cidade de São Paulo reportaram o melhor indicador (5%), um crescimento de 5 pontos percentuais comparando com o trimestre anterior e 16 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado.

Os piores indicadores foram relatados no estado do Rio de Janeiro, com 0%, crescimento de 1 ponto percentual em relação ao levantamento anterior e dez pontos percentuais comparando com o mesmo período do ano passado.

No mundo

Empregadores de 42 dos 43 países têm intenção positiva para o crescimento da folha de trabalho nos próximos três meses.

Somente os empregadores da Suíça preveem um ritmo de contratação de 0% para o trimestre. Como resultado, pela primeira vez desde o segundo trimestre de 2008, resultante da recessão global, não há nenhum país com indicador negativo.

Os indicadores mais otimistas foram no Japão, Taiwan, Costa Rica, Índia e Hungria. Os planos de contratação mais fracos foram reportados na Suíça, Brasil e República Tcheca.

Fonte: G1

 

Movimento sindical lançará Carta de Compromisso com o Trabalho Decente da Pessoa com Deficiência

O Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência (21/09) ganhará um reforço com o compromisso do movimento sindical em apoiar o trabalho decente da pessoa com deficiência.

Pesquisa analisa inclusão de pessoas com deficiência em metalúrgicasCrédito: Divulgação

A Carta Compromisso é fruto de um encontro realizado no Dieese apoiado por uma pesquisa internacional realizada pela OIT – Organização Internacional do Trabalho. O encontro contou com 122 participantes.

O documento faz propostas para o olhar sindical nas Convenções e Acordos Coletivos, na Saúde e Segurança do Trabalho, na capacitação, na acessibilidade e no protagonismo da pessoa com deficiência.

O texto também sugere o incentivo e apoio às empresas para assumirem o seu compromisso de responsabilidade social frente à comunidade e ao entorno, para a inclusão e capacitação da pessoa com deficiência, com o objetivo de garantir sua empregabilidade.

A Carta será apresentada no lançamento da versão brasileira da pesquisa da OIT, Ação sindical sobre o trabalho decente das pessoas com deficiência: Um panorama mundial, que foi traduzida por iniciativa dos sindicatos e está acessível para as pessoas com deficiência visual.

• Local: Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região

• Endereço: Rua Erasmo Braga, 307 – Presidente Altino – Osasco – SP

Informações através do e-mail ecidadania@ecidadania.org.br ou pelo telefone 3685-0915.

 

Mercado de trabalho formal apresenta melhora, afirma Ipea

Embora o mercado de trabalho esteja apresentando recuperação impulsionada pela geração de vagas informais, o setor formal também mostra sinais de melhora em curso.

O trabalho com carteira assinada registra redução no ritmo de demissões, além de expansão dos rendimentos a taxas superiores às dos demais, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

No segundo trimestre de 2017, de todos os trabalhadores que passaram da ocupação para o desemprego, 32% estavam empregados no mercado formal.

Embora elevado, esse montante é 10 pontos porcentuais menor que o observado há dois anos. O levantamento foi feito pelo Ipea com base nos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os salários pagos pelo setor privado aos trabalhadores com carteira assinada no segundo trimestre cresceram 3,6% na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior. Ao mesmo tempo, o rendimento dos trabalhadores sem carteira no setor privado recuou 3,5%, e a renda dos trabalhadores por conta própria encolheu 0,5%.

Ao contrário da ocupação, que começou a apresentar sinais de recuperação apenas recentemente, os rendimentos do trabalho registram uma dinâmica mais favorável há pelo menos três trimestres, ressaltou o Ipea. No trimestre móvel encerrado em julho, última divulgação disponível da Pnad Contínua, o rendimento médio real registrou alta de 3,0% em relação a um ano antes, o oitavo crescimento consecutivo.

Segundo os autores do estudo, o bom comportamento dos rendimentos reais ao longo dos últimos trimestres sinaliza que os ajustes no mercado de trabalho provocados pela recessão ocorreram via demissões de trabalhadores.

"Entretanto, outros fatores ajudam a explicar esse desempenho benigno dos rendimentos. O primeiro deles diz respeito ao efeito composição dos salários, tendo em vista que ao longo da crise, a opção inicial é a dispensa de trabalhadores menos qualificados e, portanto, com salários menores, pois esse contingente é mais fácil de ser recontratado no momento da retomada da atividade econômica. Com isso, a média salarial se eleva mesmo na ausência de reajustes.

Adicionalmente, a acentuada queda da inflação nos últimos meses, vem contribuindo positivamente para essa expansão dos salários reais", explicaram os pesquisadores Maria Andréia Lameiras e Sandro Sacchet de Carvalho, na Carta de Conjuntura do Ipea divulgada hoje.

Taxa

No artigo, os autores defendem que a expectativa para os próximos meses é de uma redução gradual na taxa de desemprego, acompanhando uma também gradual retomada do crescimento da economia. Mas os pesquisadores defendem que a queda do desalento - fenômeno em que as pessoas deixam de procurar emprego por acharem que não conseguiriam uma vaga - pode fazer com que aumente o número de pessoas em busca de trabalho, impedindo um recuo maior da taxa de desemprego mesmo com uma expansão da ocupação.

No segundo trimestre deste ano, 44,7% das pessoas aptas ao trabalho estavam fora da População Economicamente Ativa por acharem que não conseguiriam um emprego, o que representa uma queda de 2,5 pontos porcentuais em relação ao trimestre anterior.

"Em relação aos salários, as perspectivas são de continuidade no avanço dos rendimentos, principalmente em um cenário de inflação baixa. Dessa forma, a tendência é que a massa salarial real continue a acelerar, contribuindo positivamente para a continuidade da retomada do crescimento do consumo das famílias", avaliaram os técnicos Maria Andréia e Sacchet de Carvalho, do Ipea.

 

Paulinho da Força pede apoio do governo paulista para modificar reforma trabalhista

Na tarde desta quinta-feira, 14, sindicalistas de diversos setores ligados à Força Sindical estiveram reunidos com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.

Liderados pelo presidente da Força Sindical e deputado federal, Paulo Pereira da Silva, Paulinho da Força, os sindicalistas pediram apoio do governador e do PSDB, na Câmara dos Deputados, para modificar a reforma trabalhista, que prejudica os trabalhadores. “A reforma mexe com direitos. A lei aprovada acaba com o imposto sindical e enfraquece a luta do movimento sindical pelos direitos”, ressaltou Paulinho durante o encontro.

O sindicalista falou sobre os efeitos da reforma trabalhista com relação aos direitos dos trabalhadores, assim como, o desequilíbrio das relações capital e trabalho, com as mudanças na estrutura sindical.

Com a aprovação da nova legislação trabalhista, Paulinho ressaltou que apenas os sindicatos mais fortes e bem estruturados irão sobrevir. “A reforma trabalhista destrói a estrutura sindical e enfraquece a mobilização dos trabalhadores na luta por novas conquistas. Estamos trabalhando por uma medida provisória que crie uma nova contribuição sindical”, finalizou Paulinho.

 

43% dos que saem do desemprego conseguem vagas sem carteira assinada, aponta Ipea

Segundo estudo, de um total de 1,3 milhão de trabalhadores que saíram do desemprego no 2º trimestre, 1 milhão foram para o mercado informal.

Do total de trabalhadores que estavam desempregados e conseguiram uma nova colocação no mercado no 2º trimestre, apenas 28% foram contratados para uma vaga com carteira assinada, segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira (14) pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), a partir de microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua do IBGE.

O emprego sem carteira respondeu por 43% das absorções. Outros 28% se tornaram trabalhadores por conta própria e 1% viraram empregadores.

Segundo o estudo, de um total de 1,3 milhão de trabalhadores que foram incorporados à população ocupada no 2º trimestre, 1 milhão foram absorvidos pelo mercado informal.

A pesquisa confirma tendência já apontada pelo IBGE de que é o aumento do trabalho informal que tem está fazendo a taxa de desemprego cair no país. Em julho, o desemprego caiu para 12,8% e atingiu 13,3 milhões.

O Ipea destaca, entretanto, que o mercado formal continua sendo o principal empregador do país, com um total de 44 milhões de trabalhadores com carteira assinada, o que corresponde a 49% de toda a população ocupada.

"Observa-se que ao longo dos últimos anos, vem crescendo o número de trabalhadores por conta própria enquanto o contingente de empregados no mercado formal mantém-se estável", destaca o estudo.

A participação dos trabalhadores por conta própria na população ocupada avançou de 22% em 2012 para 25%. Já a dos sem carteira recuou no período de 23% para 21%.

Desemprego atinge os mais jovens

No 2º trimestre, o país tinha aproximadamente 13,5 milhões de desocupados, dentre os quais 65% com idade inferior a 40 anos. Dos desempregados com 18 a 24 anos, apenas 25% obtiveram nova colocação. Entre 2012 e 2017, o percentual de trabalhadores com 18 a 24 anos que foram dispensados cresceu de 5,3% para 7,3%.

Além de receberem as menores remunerações, os mais jovens apresentam queda de salário (0,5%) na comparação com o mesmo período de 2016.

Perspectivas

43% dos que saem do desemprego conseguem vagas sem carteira assinada, aponta IpeaCrédito: Divulgação

De acordo com o Ipea, os números da Pnad apontam para uma recuperação do mercado de trabalho. No 2º trimestre, 31,7% dos trabalhadores que estavam desocupados no trimestre anterior, conseguiram retornar ao mercado de trabalho, ante 28,8% no mesmo trimestre do ano anterior. Já o percentual de pessoas ocupadas que perderam seus postos de trabalho recuou de 3,6% no segundo trimestre de 2016 para 3,4% nesse mesmo período de 2017.

"Para os próximos meses, a expectativa é de que, com a gradual retomada do crescimento da economia, a taxa de desemprego deve manter uma trajetória de redução também gradual. No entanto, a queda do desalento pode exercer pressões adicionais sobre a PEA (população economicamente ativa), impedindo um recuo da taxa de desemprego mesmo em um cenário de expansão da ocupação", afirma a Carta de Conjuntura do Ipea.

Contribuição ao INSS

A pesquisa aponta ainda que cresceu o percentual de trabalhadores que passaram a recolher suas contribuições ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) independente do tipo de vínculo.

No 2º trimestre, 20% dos trabalhadores sem carteira contribuíam para a Previdência, ante uma fatia de 15% em 2012. No caso dos trabalhadores por conta própria e dos empregadores, o percentual passou de 23% para 31%. Já entre os empregadores, a fatia subiu de 66% para 76%.

 

Magazine Luiza prevê abrir 60 lojas em 2017, maior parte no Nordeste


Parte dos recursos a serem obtidos na oferta de ações anunciada pelo Magazine Luiza será utilizada para abrir 60 lojas este ano, informou a presidente do Conselho da rede, Luiza Trajano, em evento na Associação Comercial do Rio de Janeiro. A maioria será localizada no Nordeste, em lugares que ainda não estamos", disse a empresária.

O Magazine Luiza, comandado pelo seu filho Frederico Trajano, possui hoje 818 lojas espalhadas pelo País, mas ainda não está no Rio de Janeiro. Segundo a executiva, o motivo seria o medo de uma tia do interior de São Paulo, de 91 anos, fundadora do Magazine Luiza e que sempre lhe serviu de conselheira. "Mas vou trazê-la ao Rio para ela ver como a cidade é linda", afirmou.

Luiza não quis comentar sobre a operação anunciada hoje ao mercado, "para não atrapalhar", mas confirmou que a família vai vender 10% das ações.

Ela observou que a economia brasileira está mostrando sinais de melhora, com a queda de juros e consequente crédito mais barato, o que ajudou no resultado do primeiro semestre da empresa. "A gente vem de um semestre bom. Fomos bem até agora e espero que continue", disse a executiva.

Mais cedo, a varejista anunciou oferta restrita de inicialmente 24 milhões de ações ON, dividida em distribuição primária de 17.600.000 novas ações, e secundária, dos atuais acionistas, de 6.400.000. A quantidade de ações pode ser aumentada em até 15% do total em lote suplementar.

Fonte: Estadão

 

Prazos e expediente serão suspensos na 6ª VT de Salvador de 18/9 a 6/10

Os prazos dos processos físicos e eletrônicos, o recebimento de petições em e-SAMP e o atendimento ao público serão suspensos na 6ª Vara do Trabalho de Salvador, da próxima segunda-feira (18/9) até o dia 6 de outubro,para saneamento de passivo identificado na unidade e cumprimento das determinações da Corregedoria Regional. Serão mantidas neste período as audiências, pagamentos e medidas urgentes. A retomada da contagem dos prazos ocorrerá a partir do dia 9 de outubro.

O Ato da Presidência que determinou a suspensão considerou, entre outros fatores, a solicitação do juiz titular da 6ª VT para o envio de equipe de servidores que auxiliassem a unidade e a necessidade de preparar a Vara para a implantação do Cadastro de Liquidação e Execução (CLE).

Ato Nº 0301, divulgado no Diário da Justiça do TRT5 de 14 de setembro de 2017.

Secom TRT5 – 15/9/2017

 

Saímos da recessão e estamos em recuperação, diz Ilan Goldfajn

SÃO PAULO - O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, afirmou na noite desta quinta-feira (14) que a atividade econômica já começou a mostrar sinais de recuperação, baseado nos indicadores, e que o Brasil "saiu da recessão e está em recuperação".

"Depois de um crescimento de 1% no primeiro trimestre deste ano, em comparação aos três meses anteriores, a economia brasileira teve um crescimento adicional de 0,2% no segundo trimestre. O consumo avançou 1,4% no segundo trimestre, seu primeiro resultado positivo desde o quarto trimestre de 2014.

Além disso, o setor externo continua contribuindo para a retomada, com as exportações avançando 0,5% e as importações recuando 3,5%", afirmou ele durante evento de premiação da Editora Três, em São Paulo.

O presidente da autoridade monetária ainda destacou a criação de 36 mil vagas formais de emprego e o crescimento de 0,8% da produção industrial, que seriam o quarto resultado mensal positivo de ambos os indicadores. Para ele, a alta do consumo tem sido um "instrumental para a retomaa", baseado também na queda da inflação.

"Esse é um movimento calcado em bases mais sólidas que no passado, pois baseia-se num aumento provavelmente permanente de renda e na redução do endividamento das famílias ocorrido nos últimos dois anos", afirmou.

Ilan afirmou ainda que a conjuntura econômica "prescreve política monetária estimulativa, ou seja, com taxas de juros abaixo da taxa estrutural".

Mesmo assim, ele reafirmou que o ritmo do corte dos juros deve diminuir. "Para a próxima reunião, caso o cenário básico evolua conforme esperado, e em razão do estágio do ciclo de flexibilização, o Comitê [de Política Monetária, Copom] vê, neste momento, como adequada uma redução moderada na magnitude de flexibilização monetária. Além disso, nas mesmas condições, o Comitê antevê encerramento gradual do ciclo."

Ainda assim, o Copom continuará a observar variáveis como a atividade econômica e o balanço de riscos para determinar o ritmo de corte de juros, segundo ele. "Não obstante as perspectivas acima, o Copom ressalta que o processo de flexibilização continuará dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos, de possíveis reavaliações da estimativa da extensão do ciclo e das projeções e expectativas de inflação", disse.

 

Consumo ganha fôlego e anima retomada da economia PIB do Brasil sobe 0,2% no 2º trimestre de 2017


Números positivos de desempenho da economia estão deixando de ser exceções pontuais, o que indica que a recuperação tem ganhado fôlego e confirma o diagnóstico de que a recessão acabou.

Em julho, a atividade econômica medida pelo índice IBC-Br avançou 0,41% em relação a junho, segundo divulgado pelo Banco Central nesta quarta-feira (14). O resultado é livre dos chamados efeitos sazonais, que podem ser causados por eventos típicos de determinados períodos, como férias ou feriados.

O indicador ficou acima da média das projeções dos economistas (0,10%) e marcou a segunda alta seguida (o número de julho foi revisado para cima, de 0,5% para 0,55%).

O IBC-Br contabiliza cinco altas mensais –não consecutivas– nos sete primeiros meses de 2017, ante apenas três em todo o ano passado. Além disso, as expansões registradas pelo índice neste ano têm sido mais robustas.

ATIVIDADE ECONÔMICA - Índice do Banco Central, com ajuste sazonal, mês x mês anterior, em %

Outros dados referentes à atividade econômica em julho e agosto apontam na mesma direção de retomada, impulsionada principalmente pelo consumo das famílias.

As vendas no varejo aumentaram 0,2%, na comparação com junho, descontada a sazonalidade.

Apesar de ser modesta, a expansão ocorreu após crescimento robusto de 2,3% em junho e superou as estimativas de economistas, que, em média, apontavam contração do indicador.

Nos sete primeiros meses de 2017, o varejo também teve cinco altas não consecutivas, ante quatro em todo o ano passado.

Embora o setor de serviços como um todo tenha recuado 0,8% em julho, na comparação com o mês imediatamente anterior, em seu recorte focado apenas nas famílias, houve alta de 1,5%.

A alta do consumo também continua sendo o principal motor do crescimento da produção industrial, que subiu 0,8% em julho, completando quatro expansões consecutivas, o que não ocorria desde 2012.

Embora todas as categorias industriais tenham avançado, a que mais subiu foi a de bens de consumo duráveis, com alta de 2,7%. Entre os setores, o principal impulso para a indústria veio de produtos alimentícios.

Volume de vendas no varejo - Mês x mês anterior, em %

FÔLEGO NOVO

O consumo das famílias já tinha sido o motor do PIB (Produto Interno Bruto), que cresceu 0,2% no segundo trimestre deste ano na comparação com o período entre janeiro e março, segundo dados divulgados há duas semanas pelo IBGE.

Mas parte significativa desse movimento havia ocorrido em consequência da liberação de R$ 44 bilhões das contas inativas do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) pelo governo Michel Temer, que injetou recursos extras na economia.

O fato de que os gastos das famílias continuam aumentando depois de passados os principais efeitos desse empurrão indica, segundo economistas, que outros fatores que haviam contribuído mais timidamente para o consumo ganharam fôlego.

Segundo Fernando Montero, economista-chefe da corretora Tullet Prebon, a quedas nos preços dos alimentos, provocada pela safra agrícola recorde, e o recuo dos juros ajudam a impulsionar a demanda familiar:

"O primeiro libera renda de quem ganha pouco. O segundo libera renda de quem consome muito", afirma.

O início da queda do desemprego também contribui para a volta da confiança e, com isso, dos gastos, segundo especialistas.

Para que a retomada da economia, que ainda é tímida, acelere, é preciso que os investimentos retornem. Alguns economistas já veem sinais incipientes disso.

De acordo com Sergio Vale, economista-chefe da consultoria MB Associados, a chamada absorção de máquinas e equipamentos (que contabiliza o que foi produzido no país mais o saldo entre importações e exportações) já tem aumentado. O principal freio à melhora dos investimentos continua sendo a construção civil.

Com a continuação da queda dos juros, de acordo com analistas, os investimentos devem ganhar mais algum fôlego, mas a expectativa é que recuperação mais robusta só ocorra após as eleições presidenciais de 2018.

Produção industrial - Mês x mês anterior, em %

 

40% dos consumidores usaram FGTS para pagar dívidas

Cerca de 40% dos consumidores brasileiros usaram recursos de contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para quitar dívidas, de acordo com um levantamento da Sondagem do Consumidor, realizado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).

Segundo o governo, foram retirados de contas inativas R$ 44 bilhões entre março e julho deste ano. Em média, 37,7% dos 2.047 entrevistados na sondagem afirmaram ter usado o dinheiro para quitar débitos.

Quanto menor a faixa de renda, maior a frequência de uso do FGTS para pagamento de dívidas. Entre as pessoas com renda mensal até R$ 2.100, 52,8% declararam ter usado o recurso extra na quitação de contas em aberto. O porcentual foi recuando gradualmente conforme foi aumentando o nível de renda: de R$ 2.100 a R$ 4.800, 42,2% pagaram dívidas; de R$ 4.800 a R$ 9.600, 32,4%; e acima de R$ 9.600, 23,4%.

“Houve uma ligeira redução do endividamento das famílias, mas existe a necessidade de uma recuperação mais efetiva do mercado de trabalho para que as famílias consigam vislumbrar uma situação financeira melhor nos próximos meses e se tornarem menos cautelosas em relação à conjuntura econômica do País”, avaliou Viviane Seda, coordenadora da Sondagem do Consumidor, em nota oficial.

O levantamento mostrou que a poupança foi o segundo destino mais citado para os recursos extras, mencionado por 30% dos entrevistados, em média. Entretanto, apenas 11,2% das pessoas na menor faixa de renda disseram poupar, enquanto a poupança foi lembrada por 50,4% dos entrevistados do grupo de maior poder aquisitivo.

Em março, na primeira fase da pesquisa, apenas 9,6% declararam que usariam o dinheiro prioritariamente para consumir. “Apesar do FGTS ter influenciado o consumo, ele não foi suficiente para melhorar a confiança do consumidor no segundo trimestre, a qual continua caindo em agosto”, completou a economista.

A pesquisa foi realizada em março e em julho. Na primeira fase, o Ibre perguntou qual seria o destino prioritário do recurso. Em julho, o objetivo era confirmar o destino efetivo do dinheiro.

Segundo a Caixa Econômica Federal, 25,9 milhões de trabalhadores sacaram os recursos do FGTS. O montante de R$ 44 bilhões representa, aproximadamente, 2,7% do PIB e 88% dos R$ 49,8 bilhões que o governo havia liberado para os brasileiros.

Fonte: Estadão

 

Monitor do PIB da FGV mostra fim da recessão


A economia brasileira apresentou crescimento em todas as bases de comparação, segundo dados do Monitor do PIB-FGV, divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta segunda-feira (18). “Estas taxas apontam claramente para o fim da recessão”, afirma Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB-FGV.

Em julho na comparação com junho, houve crescimento de 0,1%, após ter avançado 0,4% em junho na comparação com maio. Desde outubro de 2016, é a sétima taxa mensal positiva entre as 10 transcorridas até julho, segundo a FGV.

Já no trimestre móvel de maio a julho, o avanço foi de 0,6% ante o trimestre de fevereiro a abril. Na comparação com julho de 2016, houve aumento de 1,3%.

Em relação ao trimestre de maio a julho de 2016, o PIB apresentou crescimento de 1,1%. Nesta base de comparação, os destaques positivos vieram da agropecuária (11,7%), extrativa mineral (4,5%), indústria de transformação (1,6%) – primeiro resultado positivo desde o primeiro trimestre de 2014 -, comércio (3%), transportes (2,4%), outros serviços (1,5%) e serviços (0,7%) – neste último caso, o crescimento veio após 30 meses consecutivos de queda. O único segmento que veio negativo foi o da construção (-6,8%).

O Monitor do PIB-FGV estima mensalmente o PIB brasileiro em volume e em valor, tendo como base a mesma metodologia das Contas Nacionais do IBGE.

Em termos monetários, o PIB acumulado em 2017 até o mês de julho, em valores correntes, alcançou a cifra aproximada de R$ 3,778 trilhões.

Consumo das famílias

O consumo das famílias apresentou crescimento de 1,9% no trimestre terminado em julho em relação a mesmo período de 2016 – segunda variação positiva após registrar 28 trimestres móveis consecutivos de queda. O consumo de bens não duráveis cresceu 1%; o de semiduráveis, 8,6%; e o consumo de duráveis, 7,7%. A menor taxa foi a de serviços (+0,2%), que cresceu após 26 trimestres móveis consecutivos de queda.

Investimentos

A formação bruta de capital fixo, que mede o quanto as empresas aumentaram os seus bens de capital, ou seja, aqueles bens que servem para produzir outros bens, apresentou retração de 4,5% no trimestre terminado em julho em relação a mesmo período de 2016. O desempenho do componente de máquinas e equipamentos voltou ao patamar positivo (3%). Já o componente de construção continua com forte queda (-9,7%).

Exportação

A exportação apresentou crescimento de 5,7%, com destaque para o desempenho da exportação dos produtos da agropecuária (+8,1%) e da extrativa mineral (+31,4%).

Importação

A importação caiu 1,8% no trimestre terminado em julho em relação a mesmo período de 2016, com destaque para o desempenho negativo dos bens de capital (-43,8%) e o desempenho positivo de bens de consumo semiduráveis (+53,8%). Já a importação de bens intermediários subiu 10,9%, e de bens de consumo não duráveis, 10,1%.

Entenda

Bens de capital

São aqueles usados na produção de outros bens, como máquinas, equipamentos, materiais de construção, instalações industriais.

Bens intermediários

São os comprados de outra empresa para o processo de produção, como uma bobina de aço adquirida de uma siderúrgica para a fabricação de um automóvel.

Bens de consumo duráveis

São aqueles que podem ser utilizados durante longos períodos, como automóveis e geladeira.

Bens de consumo semi-duráveis e não duráveis

Os semi-duráveis podem ser considerados os calçados e as roupas, que vão se desgastando aos poucos. Já os não duráveis são aqueles feitos para serem consumidos imediatamente, como os alimentos.

FGV.

Fonte: G1

 

Trabalhador sindicalizado ganha 33,5% a mais


Os trabalhadores associados aos sindicatos de suas categorias ganham, em média, 33,5% a mais do que os não sindicalizados. Segundo André Gambier Campos, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), as novas regras trabalhistas devem aprofundar ainda mais a diferença salarial entre esses dois segmentos.

De acordo com um estudo feito por Campos e recém-publicado, os trabalhadores não sindicalizados ganhavam, em média, R$ 1,675,68 em setembro de 2015. Já os associados a sindicatos ganhavam R$ 2,237,86. O pesquisador usou dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O contraste também pode ser observado nas remunerações indiretas. Conforme o levantamento, 36% dos sindicalizados recebem auxílio-saúde, ante 20,3% dos não sindicalizados. Além disso, 63,9% dos trabalhadores sindicalizados têm acesso ao auxílio-alimentação, ante 49,3% dos não sindicalizados. No caso do auxílio-transporte, os índices são de 54,4% e 49,1%.

Segundo Campos, as diferenças não são esperadas. No Brasil, historicamente, todos os trabalhadores devem contribuir para a sua organização sindical, pagando taxas obrigatórias. E todos são contemplados pelos acordos coletivos.

Com a reforma trabalhista – que entra em vigor em novembro –, o imposto sindical, que equivale ao valor de um dia de trabalho, passa a ser facultativo. “Essa desigualdade interna no mercado tende a se aprofundar”, diz o pesquisador. Para ele, essa diferença é comum em países com liberdade sindical.

Ainda não são claros os motivos que levam a uma diferença nas remunerações a partir da filiação aos sindicatos. A hipótese com a qual o Ipea trabalha é que, em países como o Brasil, quem se sindicaliza são os trabalhadores mais qualificados e engajados socialmente. Por um caminho ou por outro, o roteiro traçado por esses profissionais tem reflexo sobre suas remunerações.

“A hipótese clássica é que quem se sindicaliza em países como o Brasil não são os trabalhadores na base da pirâmide. Geralmente, são os trabalhadores mais qualificados, mais engajados a causas sociais ou trabalhistas”, sugere Campos. “Por uma série de fatores, a trajetória dessas pessoas no mercado de trabalho afeta os seus salários.”

Fonte: comerciarios.org.br

 

Câmara tenta votar novamente as propostas de Reforma Política

As duas propostas de Reforma Política (PEC 77/03 e 282/16) voltam à pauta do plenário na terça e quarta-feira (20). O Congresso tem até o dia 7 de outubro para fazer mudanças nas regras eleitorais para que possam valer em 2018, veicula a Agência Câmara.

Na terça-feira (19), os deputados poderão voltar a debater a PEC 77/03, que define novo sistema eleitoral (“distritão”) e cria um fundo público para financiar campanhas eleitorais.

Na semana passada, as votações desta PEC não avançaram. Os partidos maiores apresentaram emendas aglutinativas para tentar incluir em uma única votação as mudanças no sistema eleitoral e a criação do fundo, mas não houve apoio do plenário para aprovação.

Em seguida, também não prosperou uma votação nominal sobre a parte do substitutivo do deputado Vicente Candido (PT-SP) que trata do sistema eleitoral, propondo o chamado “distritão” para 2018 e 2020 e o distrital misto nas eleições posteriores para deputados estaduais e federais. A votação foi encerrada por falta de quórum depois que os maiores partidos passaram à obstrução.

Apenas 20 deputados votaram a favor da proposta, que teve 216 votos contrários – esses 244 votos são insuficientes para definir a votação, que foi encerrada por falta de quórum. A aprovação de PEC depende do aval de, no mínimo, 308 deputados, em dois turnos.

O “distritão” é um sistema assim apelidado porque prevê a escolha dos deputados mais votados em cada estado, transformado em um único grande distrito. Seria aplicado ainda à eleição de vereadores em 2020.

Já o distrital misto divide o total de vagas a serem preenchidas em cada estado, para a Câmara dos Deputados, entre os mais votados em cada distrito de um determinado estado e os indicados em uma lista preordenada pelos partidos. O eleitor votaria duas vezes: uma vez no candidato distrital e outra vez na legenda.

 

Reação de juízes contrários à reforma trabalhista gera incertezas


A reforma trabalhista corre o risco de perder força nos tribunais. A menos de dois meses de entrar em vigor, o texto divide opiniões de juízes, e parte dos magistrados já prevê a não aplicação de alguns trechos da legislação, por considerarem que os dispositivos são contra a Constituição Federal ou outras leis, como o Código Civil. Para advogados, que percebem um judiciário reativo, esse cenário causa um clima de insegurança jurídica, que pode só ser resolvido em uma eventual decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

As principais críticas vêm da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), que se posiciona de forma contrária à reforma desde o início das discussões sobre a matéria. Na avaliação da entidade, a reforma fere o artigo 7º da Constituição ao estabelecer que o trabalhador autônomo não se enquadra na definição de empregado descrita na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Assim, esse tipo de funcionário não teria as garantias da relação de emprego previstas na Constituição.

Entenda as principais mudanças

Segundo Guilherme Feliciano, presidente da Anamatra, a questão pode ser levada em consideração por juízes independentemente de uma ação de inconstitucionalidade junto ao STF. Hoje, a Corte já analisa uma ação protocolada no fim de agosto pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que questiona pontos relacionados ao acesso à Justiça gratuita.

— Há dois tipos de controle de constitucionalidade. Primeiro, o concentrado, analisado pelo STF. Uma segunda modalidade, muito própria do modelo norte-americano, é a do controle difuso, que significa que qualquer juiz pode afastar a eficácia de um texto se o considerar inconstitucional — afirma Feliciano.

A juíza do trabalho Valdete Souto Severo, do Rio Grande do Sul, faz parte do grupo de magistrados dispostos a não aplicar a reforma. Um dos pontos questionados por ela é a previsão de que as demissões coletivas não precisem de prévia negociação com o sindicato. Na interpretação da especialista, o artigo contraria a convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que recomenda a negociação prévia. Já no artigo que prevê que a indenização por danos morais deve ser calculada com base no salário do empregado, a magistrada vê conflito com o Código Civil, que determina que o valor deve ser definido pelo juiz.

— Os juízes não estão resistindo à lei simplesmente por resistir. O que está ocorrendo se dá pelo fato de que essa lei, em vários momentos, contraria a Constituição, a própria CLT e nega questões básicas do direito do trabalho. Os juízes do trabalho, gostando ou não da lei, terão de enfrentar essas incoerências — afirma Valdete.

Um dos autores do texto da reforma, o juiz Marlos Melek, do Paraná, rebate as críticas. Ele acredita que ainda há falta de conhecimento sobre os detalhes da reforma.

— Consigo sentir que, depois da aprovação da reforma, as pessoas têm pensado dentro do Judiciário com mais racionalidade e menos emoção — diz.

Para Melek, o artigo sobre os autônomos foi mal interpretado pelos críticos, que não levaram em consideração que já existe uma legislação que regulamenta esse tipo de trabalhador. Em relação ao dispositivo sobre demissões coletivas, ele destaca que a ideia foi adequar a legislação à vida prática das empresas:

— Claro que, num primeiro momento, quando você lê que a dispensa em massa não precisa ser negociada com o sindicato, há um susto. Mas o argumento é que, todas as vezes que crio uma trava nas dispensas, estou criando travas para contratação. Se a empresa tem liberdade para dispensar cem, pode contratar cem. Se o empresário sabe que vai ter uma trava para dispensar, não contrata. Além disso, temos que observar que às vezes a grande dispensa é necessária em uma empresa para manter os outros trabalhadores recebendo salários.

Na avaliação de juízes contrários e favoráveis à reforma, os magistrados terão liberdade para interpretar a legislação, o que pode significar uma batalha jurídica. Enquanto as primeiras decisões não começam a aparecer, advogados trabalhistas já sentem o clima de incerteza. A percepção é que o Judiciário reagiu mal à nova legislação, embora não haja uma estimativa exata de quantos magistrados estão contrários ao texto.

— Temos ouvido muitos juízes propondo um verdadeiro boicote ou pelo menos um fechar de olhos às mudanças previstas na reforma. É um movimento de contrarreforma judicial. Os juízes têm poder para não aplicar dispositivos da reforma. A questão é se isso vai se prolongar. No fundo, quem vai ter que botar a pá de cal vai ser o STF. Até se chegar à pacificação, pode levar anos — avalia Luiz Marcelo Góis, sócio da área trabalhista do BMA — Barbosa, Müssnich, Aragão.

O advogado Luiz Guilherme Migliora, sócio do Veirano Advogados, tem visão semelhante:

— Há um entusiasmo com vários pontos da reforma que são de fato alívios, como equiparação salarial, banco de horas individual, toda a lista dos itens em que o negociado vale mais que o legislado. Mas existe uma cautela sobre como o Judiciário vai se comportar. Acho a cautela muito justa, porque o Judiciário está ressentido.

Já Caroline Marchi, sócia da Machado Meyer, destaca que o cenário impede o planejamento das empresas, que ainda vivem a incerteza sobre a falta de previsão para a publicação da medida provisória (MP) que altera pontos da nova lei:

— O objetivo de ter um ambiente mais propício para os negócios acaba sendo um pouco minado em razão desses entraves, tanto da MP como da reação do Judiciário.

 

A reforma trabalhista é inconstitucional e pode ser revogada’, advoga sindicalista

O presidente da Federação Mineira dos Químicos, Plásticos, Farmacêuticos e Trabalhadores nas Indústrias de Fertilizantes, Carlos Cassiano, considerou positiva a realização do Seminário “Reforma Trabalhista e Reestruturação Sindical”, realizado entre os dias 14 e 15 de setembro, nas dependências do Hotel Ibis Betim, promovida em parceria com a Força Sindical de Minas Gerais.

O desânimo provocado pela aprovação da reforma trabalhista, que passa a vigorar em novembro, e o sentimento negativo que acompanhava os participantes no começo do evento, foram contrapostos no desenrolar dos debates, na apresentação das dificuldades vindouras, mas também no aceno de alternativas e soluções. Painéis atualizados, que expuseram depoimento os de especialistas, como juízes do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), ministros do Tribunal Superior do Trabalho (TST), junto ao pensamento e teses de do Ministério Público e de doutrinadores a respeito da reforma trabalhista, ajudaram a clarear a visão das lideranças.

Na visão de Cassiano, que também é advogado, a reforma fere os direitos fundamentais do ser humano trabalhador, descritos nos artigos 5º e 7º da Constituição Federal. E, por conter normas inconstitucionais, artigos da reforma estão sujeitos ao questionamento por meio de Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) e são passíveis de revogação.

“IMPOSTO É OBRIGATÓRIO E NÃO FACULTATIVO”

Entre os pontos questionáveis, o sindicalista destaca a extinção do imposto sindical, que está previsto no Código Tributário Nacional (CTN), Carlos Cassiano acusou a reforma de criar uma modalidade estranha de imposto, o que chamou de “imposto facultativo” e disse desconhecer a existência do Imposto de Renda facultativo ou do IPVA facultativo, como se o pagamento de impostos fosse opcional, conforme descreve o texto da reforma aprovado pelo Congresso Nacional.

Outro item da reforma que é contestado pelo presidente da Femquifert se refere à obrigatoriedade do pagamento dos chamados honorários de sucumbência, aqueles que são pagos ao advogado da parte que vence a ação e que recebe de quem perde (de quem sucumbe). Os honorários poderão ser fixados entre o mínimo de 5% e o máximo de 15% sobre o valor que resultar da liquidação da sentença. Mesmo os beneficiários da Justiça gratuita terão que pagar tais honorários caso percam a ação.

Carlos Cassiano defende que as entidades sindicais e instituições como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Procuradoria Geral da República (PGR), que já ingressou com Adin específica, deverão questionar o conteúdo da reforma trabalhista. Para ele, a vitória depende da dedicação das lideranças sindicais e a capacidade de fazer a melhor defesa dos trabalhadores, que são injustiçados por não serem detentores dos meios produtivos, mas apenas a mão de obra, que deve ser valorizada.

 

Segurado poderá dar entrada na aposentadoria de forma mais rápida


O Poder Judiciário garantiu, ao rejeitar embargos de declaração do INSS em ação da OAB Nacional, atendimento prioritário a advogados em agências da instituição. A decisão deve ser aplicada em até 30 dias, a contar da sua intimação, sob pena de multa de R$ 50 mil por dia.

O advogado especializado em Direito Previdenciário João Badari, sócio do escritório Aith, Badari e Luchin Advogados, destaca que com esta decisão liminar o segurado do INSS que contratar advogado não precisará mais aguardar até seis meses para solicitar a aposentadoria. “Em muitos casos, o agendamento no INSS demora três, quatro ou até seis meses. Agora, com essa decisão da Justiça Federal, o advogado poderá dar entrada no benefício diretamente na agência do INSS, sem precisar aguardar o agendamento de meses. Isso certamente agilizará a vida do trabalhador que pretende se aposentar.”

Badari explica que, após as discussões e os avanços da reforma da Previdência no Congresso Nacional – o governo sinalizou ontem que vê maio de 2018 como prazo para aprová-la –, cresceu o número de segurados tentando ‘pendurar as chuteiras’ o quanto antes, o que elevou o tempo de agendamento e a espera.

A liminar garante atendimento sem agendamento prévio, em local próprio e independente de distribuição de senhas, durante o horário de expediente. O INSS também deve se abster de impedir os advogados de protocolizarem mais de um benefício por atendimento, bem como de obrigar o protocolo de documentos e petições apenas por meio de agendamento prévio e retirada de senha.

Badari ressalta que a decisão agilizará só a concessão de aposentadoria. “Vale para todos os benefícios do INSS, como pensão por morte, por exemplo. Isso facilitará também porque os profissionais não terão que retirar uma série de senhas para mesmos serviços, como dar entrada em mais de uma aposentadoria.”

Procurado, o INSS informou que ainda não tinha sido intimado oficialmente da decisão judicial. O órgão afirmou, no entanto, que vem construindo novos modelos de gestão. “Uma dessas formas são os acordos assinados com a OAB, que têm por objetivo promover maior celeridade e eficiência no âmbito do INSS, além de garantir melhoria no atendimento ao advogado, que vai poder tramitar eletronicamente os processos dos segurados, por meio do site requerimento.inss.gov.br evitando ir às agências”, assinalou, em nota.

 

Mercado de trabalho formal apresenta melhora, afirma Ipea


Embora o mercado de trabalho esteja apresentando recuperação impulsionada pela geração de vagas informais, o setor formal também mostra sinais de melhora em curso.

O trabalho com carteira assinada registra redução no ritmo de demissões, além de expansão dos rendimentos a taxas superiores às dos demais, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

No segundo trimestre de 2017, de todos os trabalhadores que passaram da ocupação para o desemprego, 32% estavam empregados no mercado formal.

Embora elevado, esse montante é 10 pontos porcentuais menor que o observado há dois anos. O levantamento foi feito pelo Ipea com base nos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os salários pagos pelo setor privado aos trabalhadores com carteira assinada no segundo trimestre cresceram 3,6% na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior. Ao mesmo tempo, o rendimento dos trabalhadores sem carteira no setor privado recuou 3,5%, e a renda dos trabalhadores por conta própria encolheu 0,5%.

Ao contrário da ocupação, que começou a apresentar sinais de recuperação apenas recentemente, os rendimentos do trabalho registram uma dinâmica mais favorável há pelo menos três trimestres, ressaltou o Ipea. No trimestre móvel encerrado em julho, última divulgação disponível da Pnad Contínua, o rendimento médio real registrou alta de 3,0% em relação a um ano antes, o oitavo crescimento consecutivo.

Segundo os autores do estudo, o bom comportamento dos rendimentos reais ao longo dos últimos trimestres sinaliza que os ajustes no mercado de trabalho provocados pela recessão ocorreram via demissões de trabalhadores.

"Entretanto, outros fatores ajudam a explicar esse desempenho benigno dos rendimentos. O primeiro deles diz respeito ao efeito composição dos salários, tendo em vista que ao longo da crise, a opção inicial é a dispensa de trabalhadores menos qualificados e, portanto, com salários menores, pois esse contingente é mais fácil de ser recontratado no momento da retomada da atividade econômica. Com isso, a média salarial se eleva mesmo na ausência de reajustes.

Adicionalmente, a acentuada queda da inflação nos últimos meses, vem contribuindo positivamente para essa expansão dos salários reais", explicaram os pesquisadores Maria Andréia Lameiras e Sandro Sacchet de Carvalho, na Carta de Conjuntura do Ipea divulgada hoje.

Taxa

No artigo, os autores defendem que a expectativa para os próximos meses é de uma redução gradual na taxa de desemprego, acompanhando uma também gradual retomada do crescimento da economia. Mas os pesquisadores defendem que a queda do desalento - fenômeno em que as pessoas deixam de procurar emprego por acharem que não conseguiriam uma vaga - pode fazer com que aumente o número de pessoas em busca de trabalho, impedindo um recuo maior da taxa de desemprego mesmo com uma expansão da ocupação.

No segundo trimestre deste ano, 44,7% das pessoas aptas ao trabalho estavam fora da População Economicamente Ativa por acharem que não conseguiriam um emprego, o que representa uma queda de 2,5 pontos porcentuais em relação ao trimestre anterior.

"Em relação aos salários, as perspectivas são de continuidade no avanço dos rendimentos, principalmente em um cenário de inflação baixa. Dessa forma, a tendência é que a massa salarial real continue a acelerar, contribuindo positivamente para a continuidade da retomada do crescimento do consumo das famílias", avaliaram os técnicos Maria Andréia e Sacchet de Carvalho, do Ipea.

Varejo de moda avança e dá sinais de recuperação Por Cibelle Bouças | São Paulo Pesquisa do IBGE indica alta de 15,5% nas vendas do setor de varejo têxtil, vestuário e calçados no terceiro trimestre O varejo brasileiro de moda segue em expansão no terceiro trimestre do ano, dando sinais claros de que já está no caminho da recuperação. "As vendas no

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Faturamento das óticas deve crescer entre 7% a 10% este ano, diz Abióptica

Mesmo na projeção mais otimista, o avanço previsto para o consolidado não seria suficiente para recuperar todas as perdas dos últimos dois anos, quando o ramo acumulou queda de quase 18%

São Paulo - O varejo de óticas deve fechar este ano com um crescimento de entre 7% a 10% nas vendas, depois de acumular queda de 18% nos últimos dois anos. Até agosto, o ramo cresceu 7,4%, na medição dos últimos doze meses, atingindo faturamento de R$ 21 bilhões.

Caso atinja o avanço mínimo previsto para o ano, de 7%, o setor de óticas voltaria ao mesmo nível de 2015, quando fechou com receita bruta de R$ 21 bilhões. Os dados e projeções foram divulgados pela Associação Brasileira da Indústria Óptica (Abióptica) com exclusividade ao DCI. "Estamos voltando a patamares conhecidos. Nos últimos doze meses finalizados em agosto já retomamos o faturamento de 2015", comemora o presidente da entidade, Bento Alcoforado.

Segundo ele, a previsão da associação é que o crescimento ao final do ano seja de no mínimo 7%, podendo chegar a 10% dependendo do cenário nos próximos meses. "O faturamento mínimo do ano deve ser de R$ 21 bilhões, mas acredito que possa se aproximar até dos R$ 22 bilhões", prevê o executivo.

O pico de vendas do setor ocorreu em 2014, quando o faturamento das óticas brasileiras atingiu R$ 23,6 bilhões (veja no gráfico). O crescimento deste ano, portanto, não seria suficiente - nem no cenário mais otimista -, para recuperar todo o faturamento perdido nos últimos dois anos. Para tanto, o presidente da Abióptica acredita que serão necessários mais dois anos de avanço.

Na comparação do acumulado deste ano (janeiro a agosto), frente igual período do ano passado, o avanço do setor foi ainda mais expressivo, de 25%. Alcoforado diz, contudo, que isso se deve a base muito baixa, já que no período de janeiro a agosto de 2016 o setor tinha recuado 28%, frente 2015. "Estávamos em um patamar muito ruim. A base comparativa é extremamente baixa", diz.

Para os próximos meses, o presidente da entidade, que representa os principais varejistas e fabricantes do ramo, aponta para um cenário positivo. Segundo ele, dois fatores contribuem para o resultado do segundo semestre, que tende a ser melhor do que o do período de janeiro a junho. O primeiro é a volta das férias de julho, que gera um pico de vendas, e o segundo são os lançamentos de óculos de sol, com a chegada do verão. Além disso, ele diz que os óculos têm começado a ganhar um caráter de presente, sendo beneficiados pelo Natal e Black Friday. "No passado, há cerca de 10 anos, o mês de dezembro era trágico para o segmento. Mas os óculos entraram no radar de presentes, e o Natal e a Black Friday começaram a ajudar."

Investimentos

Mesmo com a reação do setor e a perspectiva de que a melhora se mantenha daqui para frente, Alcoforado afirma que os investimentos mais expressivos das óticas ainda não retomaram. O aporte, segundo ele, só deve voltar com mais força em 2019. "O ano que vem será de eleição e ainda de muitas dúvidas sobre o futuro."

As grandes redes do ramo, explica, como a Óticas Carol e a Óticas Diniz, têm propostas ousadas de expansão de lojas já para este ano, mas boa parte do crescimento deve se dar através da conversão de lojas independentes para a rede- estratégia que não demanda aportes expressivos. "Sob o ponto de vista do investimento hoje vemos muito mais o aporte na gestão e otimização do que na abertura de lojas", afirma o presidente da Abióptica.

Nos últimos dois anos de crise o setor fechou mais de 3 mil pontos de vendas, caindo de cerca de 26 mil óticas para aproximadamente 23 mil. A tendência, portanto, é que a recuperação do total de unidades também não ocorra ainda este ano e nem no ano que vem, ficando apenas para 2019. "Investimentos pesados, agressivos acredito que só quando tivermos o novo governo. Só assim o empresário ficará seguro para investir."

Pedro Arbex

 

Faturamento do varejo no Brasil avança pela 1ª vez em dois anos


- A receita de vendas do varejo brasileiro cresceu em termos reais 1,5% em agosto ante o mesmo mês de 2016, no primeiro resultado positivo em dois anos, mostrou na sexta-feira o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA).

Em julho, o índice tinha ficado estável na comparação com julho de 2016. Ajustado pelo efeito calendário, o índice subiu 1,1% em agosto, ante alta de 0,8% em julho, no mesmo conceito. "O desempenho de agosto foi puxado pelo setor de Supermercados e Hipermercados, que possui grande peso no índice e apresentou aceleração" disse o gerente da área de inteligência da Cielo, Gabriel Mariotto, acrescentando que a queda da inflação também influenciou positivamente o resultado.

Os setores ligados a Serviços registraram maior aceleração, impulsionados por Turismo e Transporte, na passagem de julho para agosto. Apenas o bloco de setores que comercializam Bens Duráveis e Semiduráveis apresentou desaceleração em agosto.

Todas as regiões do país tiveram alta em agosto na comparação com o mesmo período de 2016. / Reuters

 

Profissional deve se manter em movimento para ficar firme neste cenário de trabalho instável

Fazer carreira numa empresa é um conceito fora de moda. Em pesquisa deste ano da recrutadora Hays, 72% dos respondentes afirmaram que consideram ou querem mudar de emprego em 2017.

A disposição para trocar de trabalho com frequência é resultado de uma combinação de fatores, dizem consultores de RH. Um deles é uma mudança de prioridades de quem entra hoje no mercado.

Segundo Josué Bressane Jr., sócio-diretor da consultoria Falconi Gente, enquanto gerações passadas foram criadas para buscar estabilidade, esta quer novidades e aprendizado. "Em 30 anos, esta geração terá passado por mais de dez empresas", diz.

Além disso, estar pronto para mudar é necessidade, não só opção, já que ninguém está seguro num emprego. "É ilusão achar que tem estabilidade. Ninguém garante", diz Mônica Ramos, diretora de operações da consultoria Lee Hecht Harrison Brasil.

Num mercado que ela chama de vulnerável, incerto, complexo e ambíguo, deve-se abraçar a mudança e evitar acomodação. "Precisamos de gente que saiba trabalhar bem nesse cenário, que não vai mudar, só se intensificar", diz Regina Camargo, sócia da consultoria Across.

GERAÇÃO DA DEMISSÃO

Para a antropóloga americana Ilana Gershon, professora da Universidade Indiana e autora do livro "Down and Out in the New Economy: How People Find (or Don't Find) Work Today" (na pior na nova economia: como pessoas acham ou não trabalho hoje), há uma explicação econômica para por que trabalhadores hoje estão sempre prestes a pedir demissão.

Até meados dos anos 80, diz Gershon, as pessoas viam sua força de trabalho como um bem, uma propriedade. "Você se alugava para um patrão por um tempo", afirma.

Com o advento de governos neoliberais e a crença de que o mercado é o melhor determinante de valor, mudou o comportamento dos trabalhadores. Para saber quanto você vale, é preciso consultar o mercado procurando um novo emprego. E quando se encontra alguém que pague mais, pede-se demissão.

O empregado passou a ser visto como um negócio próprio, uma marca, que se relaciona com outros negócios. E relações com empresas tendem a ser mais curtas do que com propriedades, diz ela. "Isso abriu as portas para que as pessoas ficassem mais dispostas a deixar um emprego."

As duas partes sabem que a relação de trabalho há de acabar. Pensar em mudar o tempo todo, então, é ser pragmático. "As pessoas dizem: 'A vida é assim, esse é o novo jogo que tenho que jogar e tenho que fazê-lo da forma que me traga mais benefícios. Então tenho que me demitir'."

Deixar um emprego, no entanto, deve ser uma decisão cuidadosa. "Qualquer mudança tem um risco associado, mas num momento de crise como este, isso é potencializado", afirma Luiz Valente, diretor da empresa de recrutamento Talenses.

É preciso ouvir as oportunidades e avaliar se a mudança faz sentido. "Trocar de emprego tem risco? Tem. Mas também tem risco ficar onde se está", diz Camargo.

A única regra é não ficar prostrado: estabilidade não deve ser confundida com inércia. Para Josué, dez anos numa empresa é uma coisa -outra é uma década na mesma função. "Isso denota comodismo e, em tese, ninguém quer pessoas acomodadas."

Se não mudar de empresa, que mude dentro dela. "Você tem que ver qual foi a evolução da pessoa. Se ela trocou de cargos, de área de atuação, de cidades", diz Ramos.

Manter-se atento ao mercado e atualizado são as recomendações para se sentir menos vulnerável. "Estabilidade não existe para ninguém, mas não quer dizer que você não possa se sentir seguro", diz Caroline Cadorin, diretora da Hays Experts.

"A gente precisa ter clareza em relação ao que quer e correr atrás. Se você está comprometido com você e com seu desenvolvimento, por mais que possa passar por um momento de instabilidade e perder o emprego, sabe que está competitivo para procurar e encontrar uma nova colocação", completa Camargo.

 

Mais de 80% das empresas brasileirastêm irregularidades, aponta estudo

Um estudo aponta que 86% das empresas brasileiras estão com algum tipo de irregularidade perante os órgãos de controle. A organização internacional Endeavor, que publicou o levantamento, faz ações para fomentar o empreendedorismo no Brasil e em outros países. As pendências incluem atrasos no pagamento de impostos ou não cumprimento de exigências de prefeituras ou da Receita Federal. No comércio, há irregularidades em 96% dos estabelecimentos, enquanto na indústria, 92% das empresas não estão completamente regularizadas. A pesquisa foi feita a partir de uma amostra de 2.550 companhias em todos os estados brasileiros. O estudo atribui os altos índices de irregularidade à complexidade da burocracia no país. “Esse valor ilustra a complexidade e as dificuldades impostas pelo ambiente regulatório e a disparidade entre as exigências impostas pelo Estado e a realidade das empresas”, diz a publicação. A entidade chama atenção para o fato de que os índices de irregularidade são elevados mesmo entre os escritórios de advocacia (80%) e de contabilidade (88%), ramos que, em tese, deveriam estar mais preparados para lidar com burocracia e normas. Como exemplo da dificuldade em manter as empresas regulares, o estudo cita que o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) teve 558 atualizações em quatro anos. “Ou seja, cerca de uma atualização a cada três dias. Além da mudança constante na legislação dos impostos, as empresas precisam cumprir uma série de obrigações acessórias para comprovar ao Fisco que o pagamento e as exigências legais estão sendo feitos da forma correta”, destaca.

 

INSS pagou mais de R$ 1 bilhão para beneficiários mortos, aponta relatório

RIO - Uma auditoria do Ministério da Transparência e da Controladoria-Geral da União (CGU) identificou pelo menos R$ 1 bilhão em recursos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) bloqueados em bancos. Segundo a CGU, tratam-se de pagamentos de benefícios, como aposentadorias, transferidos para contas de pessoas mortas —, e o INSS enfrenta dificuldade para conseguir a devolução dos valores.

O problema é causado, principalmente, pela resistência dos bancos em atender à solicitação de restituição. A alegação se baseia em interpretação da Resolução nº 4.480/2016, do Conselho Monetário Nacional (CMN), de que o ressarcimento somente será realizado por falha da própria instituição financeira.

Em razão do impasse, a CGU recomendou ao INSS, no relatório de Auditoria Anual de Contas realizada no órgão em 2016, que discutisse junto ao Banco Central do Brasil (BC), ao CMN e à Casa Civil da Presidência da República, a possibilidade de alteração normativa e de criação de um novo produto específico para pagamento de benefícios — e não apenas o modelo de depósito em conta corrente.

DIVERGÊNCIAS ENTRE INSS E CARTÓRIOS

De acordo com o INSS, a cessação dos benefícios ocorre de forma automática, com base nos dados de óbitos transmitidos pelos cartórios. Em média, segundo o órgão, 59 mil benefícios são cancelados mensalmente em razão de morte dos beneficiários.

Ainda conforme informou o INSS, caso sejam identificados pagamentos indevidos, inicia-se o processo de devolução ou cobrança, conforme a situação.

"O sistema vem sendo constantemente aprimorado de forma a identificar divergências entre as informações oriundas dos cartórios e os dados da base do INSS, mitigando as inconsistências no pagamento", diz a nota.

Em nota, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informou ao GLOBO que a entidade e bancos associados pagadores de benefícios a aposentados têm apoiado o INSS na busca por soluções que evitem o pagamento de benefícios a pessoas já falecidas.

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SEGURADOS MORTOS HÁ 12 ANOS RECEBIAM BENEFÍCIO

Na auditoria de contas também ficou evidenciada outra fragilidade envolvendo benefícios indevidos. Durante cruzamento da folha de pagamento da autarquia com o Sistema de Controle de Óbitos do INSS (Sisobi), realizado entre janeiro e agosto do ano passado, foram encontrados 101.414 segurados que receberam benefíicios em conta corrente, mesmo registrados como falecidos na base de dados do órgão.

Em média, cada benefício irregular resultou em quatro pagamentos mensais. O prejuízo, se calculado o período de oito meses analisado pelos auditores, é da ordem de R$ 460 milhões.

Também foram identificados casos mais graves: há 1.256 segurados que constam no bancod e dados como falecidos em 2005 e que receberam benefícios previdenciários em 2016. 

     
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