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Promoção e estoques enxutos podem assegurar um Natal menos retraído

Brasileiro quer manter a tradição dos presentes na data. Para isso, ele pretende pesquisar mais preço, procurar promoções, parcelar compras no crédito e buscar itens de menor valor agregado 

A perspectiva de um primeiro trimestre ruim em 2016 acende um novo alerta aos varejistas: o consumidor começará o ano endividado e com medo de ficar inadimplente. Nesse cenário, o Natal vira peça chave para entrar saudável no próximo ano, e as promoções serão o caminho mais fácil para garantir a clientela. 

A perspectiva ruim do brasileiro com a economia no próximo ano vai obrigar os empresários do setor a melhorar a gestão dos estoques, e focar nas vendas no Natal, já que 93% dos brasileiros têm a intenção de presentear na data. "Houve aumento de seis pontos percentuais na intenção de presentear na comparação com 2014, quando o indicador foi de 83%", afirmou a economista-chefe do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), Marcela Kawauti. Os dados fazem parte da pesquisa realizada em parceria com a Confederação dos Dirigentes Lojistas (CNDL) que sinaliza um final de ano mas mais enxuto que o de anos anteriores.

Para a economista, por mais que o volume de venda seja maior, pois o Natal tem apelo emocional e cultura frente às demais datas, a rentabilidade será menor, uma vez que o tíquete médio de gastos cairá 22%. "Eles vão buscar mais promoções e preços melhores para economizar", explicou ela. 

Com maior pesquisa de preço e procura por custo benefício, os comerciantes terão de ser criativos neste período. "Criar kits promocionais, ampliar a política de precificação e até mesmo antecipar o período de liquidação [típico em janeiro], podem ser boas medidas", argumentou Marcela. 

Gestão de estoque

Com receio de estocar demais no Natal, um problema para os empresários este ano poderá ser a ruptura no ponto de venda. "Os varejistas começaram a abastecer os estoques em agosto, mas esse movimento começa entre junho e julho. Agora com a perspectiva de um Natal morno, mas com demanda, eles sobrecarregaram a indústria que está trabalhando em turno dobrado", disse o presidente da Associação Brasileira da Indústria, Equipamentos e Serviços para o Varejo (Abiesv), Julio Takano.

Para o executivo, a lentidão no abastecimento fará com que falte alguns produtos nas gôndolas. "Isso fomenta um certo despreparo dos empresários diante da crise. Eles não perceberam que essa 'dor de barriga' pode ser positiva". 

Para ele, não é hora de culpar o governo e sim se articular para superar a fase ruim. "Eles podem aprender a ser mais assertivos no mix, melhorar a gestão dos estoques para numa próxima crise não se desesperar tanto como tem acontecido", disse Takano. 

Outra estratégia apontada por Marcela Kawauti é usar o Black Friday, que acontecerá na próxima sexta-feira (27), como forma de tentar elevar as vendas este ano. "A data pode ser uma alternativa nesse cenário", revelou Marcela. 

Compra assertiva

Ter um mix que englobe produtos de menor valor agregado é uma boa saída, segundo a sócia-diretora da Connect Shopper, Fátima Merlin. Em pesquisa antecipada ao DCI, a empresária afirmou que 53% dos brasileiros têm se esforçado para manter o patamar de consumo, em especial na alimentação, e isso leva a substituição de marcas. "Eles vão procurar produtos mais baratos, pois estão sempre em busca de alternativas". Da compra em menor volume a procura por embalagens econômicas, vale de tudo para manter hábitos. "Eles vão valorizar mais produtos nacionais, procurar marcas próprias e ampliar os canais de compra". 

Flávia Milhassi

 

Wal-Mart tem resultado acima do esperado no trimestre

O crescimento de vendas no conceito mesmas lojas fez as sua ações subirem quase 3% antes da abertura dos mercados

- A rede norte-americana de varejo Wal-Mart divulgou nesta terça-feira resultado trimestral acima do esperado, com crescimento de vendas no conceito mesmas lojas, o que fazia suas ações subirem quase 3 por cento antes da abertura dos mercados.

O lucro líquido atribuível ao Wal-Mart caiu para 3,3 bilhões de dólares, ou 1,03 dólar por ação, no terceiro trimestre encerrado em 31 de outubro, ante 3,7 bilhões de dólares, ou 1,15 dólar por ação um ano antes.

Analistas, em média, esperavam lucro de 0,98 dólar por ação, segundo pesquisa da Thomson Reuters I/B/E/S.

(Por Nathan Layne)

     
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